Igreja dos Reis Magos

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A Igreja dos Reis Magos, localizada na Vila de Nova Almeida, Serra-ES, é um dos mais importantes marcos da colonização jesuítica no Brasil. Fundada em 1580, sua construção foi supervisionada pelos padres da Companhia de Jesus, servindo como ponto de evangelização e proteção.

Em sua história, a igreja não foi apenas um templo religioso. No período colonial, serviu como Câmara Municipal e prisão. A estrutura do convento, em parte, já esteve em ruínas e sofreu reparos incompletos ao longo dos séculos.

Dom Pedro II visitou Nova Almeida em 1860 e relatou em detalhes sua experiência, destacando a recepção calorosa da população, a arquitetura da igreja e a cultura local. Durante sua visita, ele observou o estado precário da igreja e da prisão localizada no local. O imperador também documentou a dança do congo e fez um esboço do instrumento típico, a "cassaca", em seu caderno de anotações.

Tour Virtual

Explore a Igreja dos Reis Magos em um tour virtual interativo.

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Objetos do Cotidiano no Período Colonial

Canoa

Essencial para o transporte pelos rios, a canoa era usada por indígenas, colonos e jesuítas para deslocamentos e pesca.

Canoa - CC BY 4.0

Pilão

Usado no preparo de alimentos, o pilão servia para moer grãos e temperos, sendo comum em cozinhas domésticas e comunitárias.

Pilão - CC BY 4.0
Cesto de Palha

Utilizado para carregar alimentos e objetos, típico das atividades agrícolas e pesqueiras.

Cesto - CC BY 4.0
Berço

Usado pelas famílias para o descanso de bebês, geralmente feito à mão com madeira ou fibras naturais.

Berço - CC BY 4.0
Lamparina de Azeite

Fonte de iluminação à noite, especialmente em locais sem acesso à luz solar direta ou eletricidade.

Lamparina - CC BY 4.0
Agogô

Instrumento de percussão com raízes africanas, muito usado em manifestações culturais e religiosas afro-brasileiras.

Agogô - CC BY 4.0

Berimbau

Instrumento africano popular entre os escravizados, o berimbau era utilizado em rodas de capoeira e celebrações culturais.

Berimbau - CC BY 4.0

Relógio Antigo

Relógio de época, conhecido por sua beleza, era um item valioso no passado, frequentemente presente em casas antigas.

Relógio - CC BY 4.0

Ferro de Passar

O ferro de passar antigo, utilizado antes dos modelos elétricos, era aquecido no fogo e usado para alisar roupas.

Ferro de Passar Antigo - CC BY 4.0

Estante de Livros

Uma estante de livros antiga, repleta de itens, representa o charme clássico de ambientes de estudo e leitura de épocas passadas.

Estante de Livros Antiga - CC BY 4.0

Curiosidades

Segundo relatos antigos, a igreja possuía um túnel subterrâneo que ligava o templo à praia, permitindo que os padres jesuítas escapassem de ataques indígenas e corsários. Embora nunca tenha sido encontrado, moradores mais antigos juram que existem vestígios da passagem subterrânea.

No século XX, um incêndio destruiu parte dos arquivos da igreja, incluindo documentos originais da colonização de Nova Almeida. Por conta disso, muitos registros históricos da ocupação jesuítica foram perdidos.

Chegada de Dom Pedro II a Nova Almeida
Fonte: Imagem criada com Inteligência Artificial.

Chegada do Imperador

Muito antes de chegar à vila, Dom Pedro II foi recebido por uma comitiva de fazendeiros a cavalo. Ao aproximar-se da grande praça, girândolas de fogos e uma multidão alinhada nas ruas saudaram sua chegada. Entre os presentes estavam o professor José Maria Mercier, o pároco Manuel dos Santos Ribeiro e o vereador Manuel de Mattos Soeiro Borges.
Fonte: Levy Rocha, *Viagem de Pedro II ao Espírito Santo*

Vida cotidiana na vila
Fonte: Imagem criada com Inteligência Artificial.

O cotidiano da vila

Dom Pedro II observou que os moradores de Nova Almeida viviam da pesca, da lavoura de cereais, do corte de madeira e da produção artesanal de tecidos rústicos, usados principalmente por negros e indígenas.
Fonte: Levy Rocha, *Viagem de Pedro II ao Espírito Santo*

Apresentação do Congo
Fonte: Imagem criada com Inteligência Artificial.

Dança de Congo

Durante as festividades, Dom Pedro II assistiu a uma apresentação da dança de Congo, com instrumentos como tambores, chocalho e a cassaca — cuja forma peculiar despertou o interesse do Imperador a ponto de desenhá-la em seu caderno.
Fonte: Levy Rocha, *Viagem de Pedro II ao Espírito Santo*

Jantar com melado de cana
Fonte: Imagem criada com Inteligência Artificial.

Ceia à moda da vila

À noite, foi servido ao imperador um jantar simples. A sobremesa foi o tradicional melado de cana, servido em cuias, conhecido na região como "mel em cuia" ou "caldo de cana aquecido".
Fonte: Levy Rocha, *Viagem de Pedro II ao Espírito Santo*

Índia tupiniquim ensinando o idioma
Fonte: Imagem criada com Inteligência Artificial.

Língua tupi com a indígena

Na mesma noite, Dom Pedro II trabalhou na criação de um vocabulário tupi-português, com o auxílio de uma senhora tupiniquim. Era parte de seu esforço pessoal de registrar e preservar os saberes indígenas.
Fonte: Levy Rocha, *Viagem de Pedro II ao Espírito Santo*

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